terça-feira, julho 18, 2006

Raiz di Polon, dia 20 no B Leza

Raiz di Polon

A Companhia de Dança Contemporânea Raiz di Polon foi fundada em 1991 por Mano Preto (José Emanuel Brandão), bailarino e coreógrafo, com três outros bailarinos, na cidade da Praia - Cabo Verde.

Três anos depois os Raiz di Polon tiveram o seu primeiro contacto com a dança contemporânea europeia, quando participaram no projecto e espectáculo Dançar Cabo Verde, de Clara Andermatt e Paulo Ribeiro, distinguido com o Prémio ACARTE. Tal experiência lançou um outro projecto, Dançar o que é nosso, em parceria com o Danças da Cidade (Alkântara), que ainda hoje perdura. Esse projecto foi e é a base de uma actividade pedagógica nunca esquecida ou subestimada pelos Raiz di Polon, e através da qual se formam novos dançarinos com base em originais conceitos e técnicas, aplicados tanto à dança tradicional cabo-verdiana como a quaisquer outras escolas e tendência da dança.

Em 1997 surgiu a primeira criação contemporânea dos Raiz di Polon, Até ao Fim, apresentada primeiro em Cabo Verde e depois em Portugal. Em Novembro de 1999 regressaram a Lisboa, ao Teatro Taborda, para estrear Pêtu, da autoria de Mano Preto, no âmbito do Festival Danças na Cidade. O Centro Cultural de Belém acolheu, depois, novas estreias dos Raiz di Polon, com CV Matrix 25, em 2000, e com Konquista, já em Junho de 2001.

Em 2002, novamente a convite do Danças na Cidade, as duas bailarinas dos Raiz di Polon, em colaboração com Margarida Mestre (coreógrafa portuguesa), criaram a peça Duas sem Três, subindo uma vez mais ao palco do CCB. Em Novembro de 2003 Duas sem Três ganhou o Prémio Especial do Júri nos 5os Encontros Coreográficos da África e do Oceano Índico.

Ruínas é a mais recente criação de Mano Preto, Director Artístico dos Raiz di Polon. Estreou em Setembro de 2003 no Festival Internacional de Teatro do Mindelo (Mindelact), em Cabo Verde. Em Dezembro de 2005 Ruínas ganhou a Medalha de Prata em Dança de Criação, nos 5 Jogos da Francofonia em Niamey, Níger.

Raiz di Polon já se apresentou em Cabo Verde, Portugal, Alemanha, Luxemburgo, Madagáscar, Holanda, Roménia, Croácia, Dinamarca, País de Gales, Bélgica, Senegal, Brasil, Cuba, Suiça, Mali, Estados Unidos da América, Reino Unido, Djibouti, Etiópia, Uganda, Moçambique, Zâmbia, Malawi, Zimbabué, Namíbia, Suazilândia, África do Sul, Ilhas Maurícias, Comoros, Ruanda, Burundi, Eritreia, Quénia, Níger e China.

A Companhia recebeu uma Condecoração de Mérito Cultural atribuída pelo Governo da República de Cabo Verde, bem como uma Medalha de Reconhecimento atribuída pela Câmara Municipal da Praia e é, ao lado de Cesária Évora, um imenso embaixador cultural, ao transportar sempre consigo valores da dança, da música, da língua, da literatura e da dramaturgia de Cabo Verde, que têm sido apreciados, elogiados e aplaudidos por público e críticos no Mundo inteiro.

Sem comentários: